Destinos mais procurados
O Lago
O fechamento das comportas da represa de Furnas, a partir de 1961, provocou o represamento das águas do Rio Grande e seus afluentes. Na estação chuvosa as várzeas situadas às margens do Ribeirão Marimbondo eram tomadas pelas águas, e no período seco, as pequenas lagoas que restavam eram focos constantes de pernilongos que atormentavam a população. Em 1971 o então prefeito João Faria, estabeleceu como metas prioritárias de sua administração 1971/1972, a fundação da FAFIBE e a construção da barragem próxima à barra do rio Marimbondo com o Ribeirão Cascavel e Maricota, para estabilização do nível das águas e formação do Lago de Boa Esperança. A construção, sob responsabilidade e patrocínio de Furnas Centrais Elétricas, foi aprovada em 1972, iniciada em 1975, na administração do prefeito Júlio Azevedo Oliveira e concluída em 1976. Em maio de 1977, ocorreu o rompimento da barragem. Os entendimentos para a construção de uma nova barragem iniciaram na administração do Prefeito Dr. Laércio Freire e sua sua construção começou em 1981, sendo concluída em 1982. Vale ressalvar que teve participação especial nestes entendimentos o vice-prefeito José Aureliano, primo do então vice-presidente da república, Dr. Aureliano Chaves, que intercedeu com a Furnas Centrais Elétricas para construir uma nova barragem. A desapropriação das terras e das casas abaixo da cota 769 a serem inundadas pela represa de Furnas, iniciou-se em 1958 e causou grandes prejuízos aos proprietários. A indenização doi feita a preços vis, e a grande maioria dos desapropriados não conseguiram adquirir novas propriedades. A economia do Município teve grande prejuízo, pois as áreas rurais inundadas eram bastante produtivas, e houve também acentuado êxodo rural. As autoridades municipais da época poderiam ter exigido mais melhoramentos de Furnas para compensar os danos à economia do Município. A formação do Lago de Boa Esperança possibilitou o desenvolvimento do turismo, do lazer da população, o embelezamento paisagístico da cidade e o saneamento das várzeas, que resolveu o problemas de insetos nocivos. Não foi possível fazer ainda uma avaliação das alterações climáticas provocadas pelas águas do lago, mas os entendidos no assunto admitem mudanças no clima da cidade. O Lago de Boa Esperança é formado pelo represamento das águas do ribeirão Marimbondo, Maricota e Cascavel. A extensão total é de aproximadamente 8 km2(800ha), sendo 3 km2, a parte que banha a cidade, e de 5 km2, a parte que banha a região de Inhumas e Água Mansa.O turismo e recentemente os "royalts", passaram a ser importantes fontes de renda para o Município de Boa Esperança. Os "royalts" são uma ajuda financeira que a Central Elétrica de Furnas paga aos Municípios que fazem parte das "bacias de empresas geradoras de eletricidade". No período seco, o nível das águas do Lago sobe mais, porque o nível das águas da barragem está mais alto e o escoamento é lento, e na estação seca esse nível é mais baixo e o escoamento é mais rápido.A barragem ou dique é feita por uma estrutura de concreto recoberto por pedras e o vertedouro de concreto para a passagem das águas.
A Serra
A serra de Boa Esperança é um grande acidente geográfico no meio rural de Boa Esperança e municípios adjacentes. Se estende em sentido de um “V” aberto entre Carmo do Rio Claro, Ilicínea e Guapé. Possui aproximadamente cem quilômetros quadrados, que vai desde a “Serra Azul”, passando pela “Serra do Inferno / Buracão” até o “Chapadão”.Deve ocupar um quinto da área territorial de Boa Esperança que é de aproximadamente seiscentos e vinte quilômetros quadrados. No seu interior se encontra o famoso “Pico do Branquinho” com mil e duzentos metros de altitude. Por isso percebemos que na região da serra ocorre uma espécie de micro-clima do tipo tropical de altitude com estações pouco definidas e vegetação do tipo de “mares de morros” com espécies arbóreas- “Candeias”, herbáceas-“Quaresmeiras” e gramíneas-"Capins do Campo”, “Colchão” e“Pangor”.Geologicamente faz parte do Planalto Brasileiro em sedimentação. Sofre um processo de desgaste natural a partir dos elementos naturais como luz solar, águas pluviais e outros. O solo dessas áreas é de meia-cultura, muito propício para as culturas permanentes e temporárias como as de milho, de feijão, de mandioca, etc.Vários córregos e riachos têm suas nascentes na Serra da Boa Esperança, a saber: Ribeirão do “Sobrado”, do “Sabará, dos “Costas”, da “Estiva”, das “Felícias”, da “Olaria”, da “Limeira” e outros que dão vertente para o lado direito do Lago de Furnas (Rio Grande represado) no sentido Boa Esperança/Guapé.

Possui grande reserva mineral no seu interior com extraordinário potencial para o futuro e fortes expectativas para exploração dessas fontes. H á no momento uma carência do potencial desses recursos haja vistas da extensão e da profundidade dos mesmos.A ação humana também muito contribui para seu modelado, pois nas bases se encontram inúmeras fazendas de cultura de cereais, de café e criação de gado bovino, dentre outras atividades como a criação de peixes recentemente agregadas à produção agrícola de nossa cidade.A nossa querida Serra da Boa Esperança é conhecida a nível nacional devido a canção com letra de Carlos Neto e a música de Lamartine Babo, que vários cantores populares e sertanejos gravaram.
por Ascom