História
A Cidade
Tudo começou no século XVIII, quando bandeirantes desbravaram florestas atrás de ouro das Minas Gerais No ano de 1795, aventureiros de São João Del Rey vieram até Lavras, na esperança de ali encontrar um lugar propício às suas buscas. Um deles, João de Souza Bueno, um caboclo de 30 anos, descendente do célebre Amador Bueno, caminhando mais que os outros, que pararam na região de Três Pontas, enveredou-se pelas matas da região e montou acampamento às margens do Córrego do Ouro, na intenção de explorar as vertentes do riacho, exatamente nos atuais limites daquele município de Boa Esperança. Dois anos mais tarde vieram ter ao acampamento de João de Souza Bueno, dois chefes de bandeirantes, vindos de Baependi e Aiuruoca, rumo ao Rio Sapucaí: os Capitães-Mor de Milícias José Alves de Figueiredo e Constantino D' Albuquerque, a quem João de Souza Bueno abriu caminho pela floresta até Ribeirão de São Pedro, onde o capitão-mor de Milícia José Alves de Figueiredo resolveu seguir viagem, comprando por oito mil ducados uma extensão de terras de aproximadamente seis léguas. O outro Capitão-Mor Constantino D'Albuquerque prosseguiu até o local onde está Carmo do Rio Claro. Ali instalado, resolveu, então, o Capitão José Alves de Figueiredo, tomar providências para formar um povoado, conseguindo, para isso, a vinda do Padre Cleto e de algumas famílias. Por volta de 1804, com o apoio de outros chefes de família e proprietários de terras da região, Francisco José da Silva Serrote e José Meireles de Matos, proprietários do Serrote, dos Meireles, do Mombó, das Cardosas, do Leitão e Manoel de Barros, proprietários do Barro, deram cada um pedaço de terra para o patrimônio da freguesia e deram início à construção da Capela de Nossa Senhora da Dores . Aos 09 de junho de 1813 o povoado tornou-se freguesia, tendo sido suprimido de seu nome a palavra Pântano, substituída por Boa Esperança, inspirada na magnífica visão de sua Serra. Passou, então, a chamar-se Dores da Boa Esperança, nome pelo qual foi conhecida até o ano de 1938, quando passou a chamar-se apenas, Boa Esperança, (eis o porquê dos esperancenses serem também chamados de dorenses). Sob a Lei Provincial datada de 22 de junho de 1868, desmembrou-se do Distrito da Tutela do Município de Três Pontas, instalando-se a Vila de Dores de Boa Esperança. E, finalmente, a emancipação chega aos 15 de outubro de 1869 ,sob a Lei Provincial 1611 que elevou a Vila à categoria de Cidade. Acontecimento que marcou
O Incêndio da Prefeitura * Vitor Menezes A madrugada de 24 de setembro de 1971, um incêndio destruiu completamente o vetusto prédio da Prefeitura Municipal de Boa Esperança, reduzindo a parte material a escombros e a parte histórica a cinzas, em acontecimento sem precedentes. O sinistro irrompeu nos porões do edifício, onde era guardado material de fácil combustão, como madeira, plásticos e papéis, constantes do arquivo centenário do município. Após a instauração de inquérito e competente laudo, pela Polícia Técnica, foi desvendado que três menores, meninos de rua, com idades que variam entre treze e quinze anos, haviam pulado o portão, com o intuito de furtar materiais de sucata e peças usadas, do setor de almoxarifado que ficava bem ao lado do prédio. Como a noite estava muito escura, resolveram acender uma tocha, a qual foi jogada posteriormente em uma das aberturas do porão. O fogo se alastrou rapidamente, impossibilitando qualquer meio disponível de contenção. Em menos de uma hora, só ficaram duas paredes e escombros. Era chegado o fim da construção neo-clássica, erguida em 1922.
HISTÓRICO POLÍTICO
Primeiro Chefe do Município: Joaquim Ferreira da Silva Segundo Chefe do Município: Joaquim Manoel de Figueiredo Terceiro Chefe Município: Antônio Rodrigues de Figueiredo A intendência municipal, com a instauração da República foi substituída por uma junta governamental, para comandar os destinos administrativos do município. A primeira junta teve seu presidente o Sr. Domingos Francisco Carvalho. Restaurada a Câmara o Chefe Executivo foi Antônio Ferreira de Brito, seguindo-lhe o Pe. José Lourenço Leite, vindo para administrar os negócios do município o Cel. Antônio Cândido Rodrigues Neves. Em pleno século XX o Capitão Joaquim Cândido governou o município por um período de vinte anos, e de 1927 a 1930, o Sr. Belini Augusto Maia, sucedido pelo Capitão Neves. Em 1934 assumiu interinamente a Administração o farmacêutico José Freire da Silva e em 1936, com a separação dos cargos executivo o presidente da câmara, foi eleito pelos votos dos camaristas o Dr. Joaquim Vilela, que permaneceu no poder durante 15 anos, isto é até 1945, quando se instalou novamente o regime democrático no País. Até as eleições de outubro de 1945 respondeu pelo município o Dr. Pedro Salles Pereira, sendo eleito o Dr. Antônio Cândido de Figueiredo para o quatriênio que iniciou-se em janeiro de 1946. Em 1950 foi eleito o Farmacêutico João Júlio de Faria. Novamente eleito, em 1954, o Dr. Joaquim Vilela. Em 1958 foi prefeito o Sr. João Vilela Lemos, que foi substituído pelo Sr. Júlio de Azevedo Oliveira de 1961 a 1962. Em 31 de janeiro de 1963, eleito novamente o Dr. Joaquim Vilela. Em 1967 o município foi administrado pelo Farmacêutico José Lourenço Leite Naves. De 1971 a 172, eleito o Farmacêutico João Júlio de Faria, ocupando o cargo de prefeito em seu segundo mandado. Eleito para comandar o Município de janeiro de 1977 a 1982 o Sr. Laércio Freire Silva. Tomou posse novamente como prefeito o Farmacêutico José Lourenço Leite Naves, pelo período de janeiro de 1983 a 1988. Assumindo a Prefeitura em 1989, o Sr. Ludwig Von Klaus Dovik Gischewski, ficando até 1993, sendo seu vice-prefeito o Sr. José Maria de Oliveira. GESTÃO 1993/1996 Eleito em 03 de outubro de 1992 e empossado em 1º de janeiro de 1993, o Sr. Rabindranth Antônio Balbino Gambogi e como vice-prefeito o Sr. Eugênio Alves Monteiro. Faleceu em trágico acidente o Prefeito Rabindranath Antônio Balbino Gambogi, em 24 de janeiro de 1994, assumindo então o poder o Vice-Prefeito, Eugênio Alves Monteiro.
Cronologia Histórica de Boa Esperança
•1795- O século XVIII manda para o interior brasileiro os audazes bandeirantes. •1797- Chega ao local denominado Córrego do Ouro, o Capitão de Milícia José Alves de Figueiredo, acompanhado de Constantino de Albuquerque, sendo que o último procurou o caminho de Carmo do Rio Claro. João de Souza Bueno abriu-lhes o caminho até o Ribeirão São Pedro. •1813- (9 de junho) Recebe o localidade os direitos de Freguesia do Pântano, medindo vinte léguas. •1814- Instalação da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, sendo o Primeiro vigário o Revmo. Pe. Cleto. Construção da Igreja Matriz. •1832- Foi criada a Freguesia de Três Pontas, promovendo-se a demarcação dos limites desta cidade pelo Córrego da Capetinga. •1854- Falece, repentinamente o Fundador José Alves de Figueiredo. •1855- Firmamos os limites do leste e nordeste, com os córregos dos Pintos, Caxambu, Servo, até ao Rio Grande. •1860- Aporta a Dores do Pântano o primeiro Professor Público. •1866- Pela Lei n° 1303, de 03 de novembro, desmembrou-se de Três Pontas e instalou-se a Vila de Dores do Pântano, incorporada à Comarca do Rio Sapucaí, por força da Lei 1566 de 02 de junho. •1868- Instalação da Vila de Dores do Pântano. •1869- Emancipação e Fôro de Cidade, pela Lei 1611, de 15 de outubro. •1873- Traçados os limites ao sul e sudeste entre esta cidade e Campos Gerais. •1890- Fundação do Clube Recreativo Nacional Dorense. •1891- Construção da Igreja de Nossa Senhora Aparecida. •1892- Instalação da Comarca, sendo nomeado Juiz de Direito o Dr. João Batista Rabelo. •1894- Editado o primeiro Jornal – O Almirante – de Gutenberg Brasileiro – Instalação da primeira tipografia - 13 de novembro. A Torre da Matriz.
por Ascom